Ao caminhar à beira-mar
O Sol que gera toda cor
Atravessou e iluminou minh`alma
Parei para olhar uma oração à beira de uma cruz
Ao largo da ponte que se enfia adentro ao mar
E lembrei-me do meu pai
Que não foi ao enterro do próprio pai
Orei junto e senti paz ao sol agradecido pelo momento
No rádio do carro ouvi falar da Fortaleza antiga
Da maria-fumaça que passava no Adahil Barreto
Quando o som enferrujado das rodas nos trilhos
E um apito ao longe me embalava o sono
Trilhos que percorri com meu pai primeiro
Pra passear no trenzinho dos domingos à tarde
E depois assistirmos juntos à
pantera cor de rosa
Hoje os percorri , saudoso, sozinho
Com o rosto banhado de lágrimas quentes
Porque hoje, pai, finalmente me perdooei
Nenhum comentário:
Postar um comentário