sábado, 22 de janeiro de 2011

Poeira Sideral

Minha última paixão explodiu-me
Em bilhões de partículas
De poeira sideral
Como uma supernova tornando-se
Rapidamente num buraco negro
Na imensidão do vácuo

A odisséia de Ulisses agora
É juntar essa poeira
Mas com o cuidado de me esquivar
Do que não me serve mais
Do que tenho de escuridão e mesquinhez

Mas esse (o não me serve)
Teima em grudar nos meu pés
E eu a escorçá-lo
Que onde ele junta cria musgo e raízes

Mas divino herbicida me servirá
Limpará meu coração
Para o dedicar a quem merece,
À vida, ao entusiasmo, ao ágape
Sem esquecer as musas das artes e as ninfas do mar

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