quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Paixão anônima

A grande dor das coisas que se passaram
Transmutou-se em finíssímo prazer
Quando, entre fotos mil que se esgarçavam
Tive a fortuna e a graça de te ver

Vê-la (ou tê-la) foi uma das mais belas coisas que já me aconteceram.
O que quer que aconteça, este simples fato me deu ânimo,
Coragem e esperança renovadas:
De que ainda podem existir mulheres assim como tu
Belas, inteligentes, charmosas e de uma maturidade crescente.

4 comentários:

  1. David...quando iniciamos em qualquer ramo da escrita, o que menos devemos nos preocupar é com regras, cortes, leis, estruturas...devemos literalmente "vomitar" de qualquer jeito aquilo que sentimos e a medida que vc vai colocando pra fora e lendo o que você escreveu, vai tomando forma e harmonia. A única regra que eu sigo, até hoje no que escrevo, é a leitura. Ler, ler, ler e ler...não só o que você escreve, mas de tudo...até bula de remédio, que é sua área...heehe...pra um poeta, toda leitura é laboratório de pesquisa, pois o que o move é a necessidade de falar o que sente, seja o que for e palavras aparecem de acordo com o seu conhecimento delas...quanto mais palavras vc ouve e lê, mais você terá conteúdo de expressão...organizar e harmonizar é consequencia. Mas se você preferir aprender sobre métrica, tem 2 dicas...leia livros técnicos que ensina e escute cantadores nordestinos. Vou postar uma poesia de um cantador, pra você enteder o que falei. Boas palavras, amigo!

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  2. Galope à beira mar

    "Eu acho engraçado um poeta de praça
    Que passa dois meses fazendo um quarteto
    Com um ano de luta, é que finda um soneto
    Depois que termina, ainda sem graça
    Com tinta e papel, o esboço ele traça
    Contando nos dedos pra metrificar
    Que noites de sono ele perde a pensar
    A fim de mostrar tão minguado produto
    Pois desses, eu faço, dois, três, num minuto
    Cantando galope na beira do mar."

    Dimas Batista

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  3. David, querido!

    Concordo com o Alessandro. Não se preocupe tanto com regras, sabe? Até porque boa poesia não precisa ser necessariamente perfeita tecnicamente. Ela deve ser sonora e sublime, acho eu, e isso nem sempre se consegue seguindo as regras.

    Enfim, nessa linha, o Sean Conery, naquele filme "Esperando Forrester", dá um bom conselho sobre a arte de escrever.


    Forrester: "No thinking - that comes later. You must write your first draft with your heart. You rewrite with your head. The first key to writing is... to write, not to think!"

    No mais, leia sempre. Muito. E viva.

    Beijíssimo.

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  4. Poxa, muito grato mesmo aos dois. Tenho tudo pra melhorar o prumo agora. Abraços
    David

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