Rascunho de uma paráfrase de Bandeira

Quando ontem acordei
Ainda fazia escuro dentro de mim
Chovia uma triste chuva
De resignação e consolo
Em contraste ao calor tempestuoso da noite

Então levantei, bebi o chá que eu mesmo preparei
Me sentei novamente

E fiquei pensando
Simplesmente pensando:
O que é afinal a humildade?
Se na vida alguma mulher verdadeiramente eu amei

Coragem

A coragem
É uma flor que nasce
Na beira de um precipício
De tenra douragem

Entusiama o admirador (que arde)
Pra enfrentar o desafio
Colher o espinho
Que venha antes da flor

Acorda o coração
Cor da coragem
Força que age
Pra tornar os Acordes todos irmãos

Numa vibrada canção
De suada coragem
Uma só engrenagem
Que a vida só é numa Sol estação

Peleja da União

Ao largo do riacho

De longe avistava

Um mar alvo de areia branca

Quando mais perto chegava

Mais via que eram pequenos pedregulhos

Que outrora se atritaram por orgulho

Mas através do contato

Íntimo, diário, necessário

Na dura lida cotidiana

Da pedregosa  vida de pedras

Foram se aparando as arestas

Cada vez mais se juntando

Sem se prender

Cada vez mais se libertando

Por seu bem querer

Até se tornarem assim

Inumeráveis e puras

Puras e finas areias

Como uma só

Assim como se deve ser